domingo, 29 de junho de 2008

Poderia Ser Uma História de Amor

Meu amor, onde você deve estar agora? Tão longe de mim, ao mesmo tempo tão perto. “Eu me flagrei pensando em você”, ele diz no rádio. Lembra dessa música?
Como está o tempo aí? Aqui está fazendo muito frio. Estou tão sozinha aqui, queria que estivesse comigo agora. É noite de domingo, que dia será agora aí?
Lembro todos os dias de nos olhando o pôr do sol lá na praia, deitados na areia... Lembra? Eu sinto medo às vezes, mas você não liga meu amor. Você aí, eu aqui... Teria sido uma linda história de amor que contaríamos para os nossos netos, numa noite de domingo como essa agora. Mas foi como tinha que ser, não era pra dar certo. Mas nunca esqueça que eu te amei.

Nao Sei Mais o que Pensar

Vocês esperam uma intervenção divina
Mas não sabem que o tempo agora está contra vocês
Vocês se perdem no meio de tanto medo
De não conseguir dinheiro pra comprar sem se vender
E vocês armam seus esquemas ilusórios
Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez
Mas acontece que tudo tem começo
E se começa um dia acaba, eu tenho pena de vocês
E as ameaças de ataque nuclear
Bomba de nêutrons não foi Deus quem fez
Talvez alguém um dia vai se vingar
Vocês são vermes, pensam que são reis
Não quero ser como vocês
Eu não preciso mais
Eu já sei o que eu tenho que saber
E agora tanto faz...
Três crianças sem dinheiro e sem moral
Não ouviram a voz suave que era uma lágrima
E se esqueceram de avisar pra todo mundo
Ela talvez tivesse nome, era Fátima
E de repente o vinho virou água
E a ferida não cicatrizou
E o limpo se sujou e no terceiro dia
Ninguém ressucitou...



talvez esta letra traduza com palavras tudo q eu estou sentindo hj. nao sei mais o q dizer, nem mesmo o q pensar, perdida em devaneios q nao querem dizer mais nada. por q teve q voltar a tona tudo q ja tinha sido esquecido?!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pierrô

Passo meus dedos longos nos versos tristes que eu mesmo escrevi
Seus olhos são mais profundos que todas as flores do mundo
Meus olhos de farol te seguem por onde você vá
Sua voz tem o silêncio melancólico dos amores perdidos

Nessa noite, me faço seu pierrô
Nessa noite, te faço mais uma
Só por essa noite

Você que me deixou perdido nessa imensa cidade
Agora condenado a viver sem uma estúpida razão
Meus olhos procuram os seus andando nas ruas desertas
Mas agora os pingos de chuva que molham o meu rosto
Disfarçam a lágrima no olhar

Por mais essa noite, me faço seu pierrô
E você...
Você só quer ser mais uma


Alberto Maciel

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Preconceito Mata

Hoje acordei pensando no que a vida fez com a gente. Tem coisas que, às vezes, de tão simples, acabam se tornando complicadas. Por que será que o mundo dá voltas e acaba parando sempre no mesmo lugar? Às vezes acho que estou perdida num mundo de idéias mórbidas, nas idéias que não são minhas. Tenho certeza que não pertenço a esse mundo. Não sei mais o que penso, não sei mais nem quem sou. A vida me fez o que sou hoje; por ter amado demais, ou por sequer ter amado, ou o “não saber” talvez seja mais apropriado.
Queria ter a sabedoria de um poeta, para poder expressar todo o sentimento que ficou guardado em mim. Se fosse só saudade... Não sei explicar com palavras o que há em mim hoje, mas sei que não gosto. E se a vida é feita de sonhos, por que somos impedidos de realizá-los? Já vi amigos que, por um motivo ou outro, foram impedidos de sonhar. Vi ficarem amargurados, vi desistir de viver, não vi mais o sorriso do meu amigo. Que vá a “puta que pariu” o destino, porque do meu amigo só ficou a lembrança, ficou sua obra escrita, ficou a família, os amigos, mas principalmente ficou a saudade.
Impedido de viver seus sonhos, seus desejos, por preconceito de um mundo careta e covarde. Preconceito esse, que fez com quem mais deveria amá-lo, fosse o culpado por sua dor. Mas o pior é que sei que meu amigo não o culparia, foi a ignorância, ou o medo do que não conhecia que o fez agir assim.
Passavam-se os dias, os meses, e o meu amigo foi ficando cada vez mais triste, ate que um dia, muito fraco, fechou os olhos de vez.
Seus sonhos, suas declarações, seus amores ficaram registrados em muitos cadernos. Mas tanto talento não deveria acabar assim.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Vida Sob o Luar Eterno nas Ruas Desertas da Loucura

Minha mente é um furacão de pensamentos absurdos em meio à serenidade da lucidez em total expansão. Não! Não quero voltar ao mundo de sensatez. Não sou normal e nem quero ser. To cansada de ter que ser uma pessoa normal e careta todos os dias. Cada instante de sobriedade é uma angústia, um desejo incontrolável de não estão aqui. Mais uma noite melancólica em um mundo de idéias em linha reta. Desejo estar ao seu lado agora, desejo tocar no seu corpo por intermináveis breves instantes. Desejo passear com minhas mãos por todo o teu corpo. Desejo-te agora junto de mim. Meu amor, deixa o tempo falar por nós, a vida vai seguindo assim. Meu passado é feito de saudade. Saudade são os lírios no campo da casa da vó. Saudade são as margaridas que estão ainda a sua espera. Saudade é o seu sorriso naquela fotografia. Saudade é a sua língua quente encostando na minha, é a sua mão por baixo da blusa, é o resto de cerveja quente que ficou no copo.

domingo, 15 de junho de 2008

Carta de Despedida

Querida,
Guardei teu lenço branco, com o recado q me deixaste e a marca de batom como assinatura. Guardo este lenço ainda como uma lembrança da mulher que mais amei no mundo. Dentro de um livro, junto com uma fotografia encontra-se o único vestígio que me deixastes.
Ah! Ainda me lembro da nossa ultima noite. Com certeza a melhor de todas as que passamos juntos. Eu não sabia, mas tu te despedias de mim. E eu, entrelaçado em teus cabelos, perdido num vazio de prazer intenso. Estava escuro, somente a luz do luar, que iluminava o teu rosto perfeito e teus cabelos brilhavam quase tanto quanto todas as estrelas. Nunca me fizeste tão feliz como naquela noite, querida.
Acordei de manha com os raios de sol tocando o meu rosto. Procurei por ti, mas já tinhas ido. No teu lugar, ao meu lado, encontrei aquele lenço branco. Desde então, meu bem, a única coisa que faço é pensar em ti, não entendo porque me deixaste se éramos tão felizes. Na certa encontraste um daqueles homem ricos que tanto querias. Nunca aceitaste a idéia de ter um poeta como seu homem, afinal, não poderia dar-te todo o luxo que querias.
Foste embora e levaste meu coração contigo, maldita; a maldita mais linda do mundo. Desde que me abandonaste não consigo mais ser feliz, acho que estou ficando ate doente.
Talvez todo o poeta esteja destinado a sofrer por amor. Era o que tu me dizias, não é mesmo? Mas a verdade meu amor, é que talvez, nem mesmo um poeta, seja tão sensível a ponto de entender a simplicidade de uma mulher; tão simples e tão sensível como um botão de rosa que ainda não abriu. Esta és tu minha linda, ainda que não mereças.

Do seu para sempre apaixonado.
Alberto Maciel

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O Sol nascendo lindo lá fora, eu do outro lado tentando participar dessa obra de arte perfeita.
Por que será que momentos como esse ainda me fazem lembrar você? Maldito contraste...

***

Por que temos que estar do lado de dentro se tudo acontece lá fora? Uma janela separa o mundo, do lixo que querem nos impor desde que tínhamos 5 anos de idade. Muita gente já não consegue enxergar esses momentos.

***

Prefiro olhar o mundo desse jeito... Prefiro não pensar que eu não gostava de tudo tanto quanto eu pensava... Preferia estar do lado de fora... Preferia não ter te conhecido.

O Amor Entrou em Extinção

Estava eu aqui pensando, como as pessoas são estranhas. Chego a pensar, às vezes, que o amor está em extinção; conclusão absurda essa não é mesmo? Vocês devem estar se perguntando como eu cheguei a essa conclusão. Pois bem, foi assim:
Outro dia, na minha escola, na hora do recreio, eu estava sentada na escada sozinha, quando olho para cima e vejo um casal se beijando (um menino e uma menina, só para esclarecer), ou ficando como se diz. Vocês devem estar pensando: “até ai o que é que tem demais?”, digo que o “demais” – para mim – está por vir.
Eu, a observadora que sempre fui, fiquei... como posso dizer... analisando o casal. Eles ficaram ali por mais ou menos 5 minutos. Quando se “desgrudaram”, por assim dizer, tamanha foi minha surpresa! Afinal de contas, o que eu estava esperando que acontecesse? É obvio, não é? Não?! Bem, vou direto para o acontecido então.
Quando o beijo chegou ao fim – surpreendam-se vocês (ou não) – que sem uma palavra, sem nenhum tipo de carinho e nem mesmo uma pequena troca de olhar (coisa normal para quem acaba de se beijar), eles se separaram e foram cada um para um lado. Ele desceu as escadas, e por sinal passou por mim, e ela seguiu o rumo do corredor, do lado totalmente oposto ao dele.
Sei que nos tempo de hoje não deveria, mas me surpreendo sim quando vejo esse tipo de coisa. Onde fica o amor, o romantismo? Devo confessar que fico um pouco triste quando paro para pensar nisso, quando vejo que o amor já não vale mais tanto a pena, ou que é uma coisa ultrapassada.